Na tradução de Thereza Christina Rocque da Motta, LUCAS MATOS DA SILVA 2MB #3
- Já vi muitas manhãs gloriosas cobrirem
- Os cumes das montanhas com o olhar soberano,
- Beijando com a tez dourada o verde dos campos,
- Colorindo pálidos córregos com a divina alquimia,
- Não permitindo que as nuvens baixas vaguem
- Com aspecto horrendo sobre a face celestial,
- E do mundo distante esconder sua visagem,
- Fugindo, despercebido, para o Oeste em desgraça.
- Mesmo assim, meu sol brilhou cedo, um dia,
- Em todo o seu esplendor triunfante sobre o cenho;
- Porém, ó dor, ele apenas foi meu por uma hora –
- As brumas encobriram-no totalmente agora.
- Embora ele, por isso, desdenhe o meu amor;
- Os sóis do mundo manterão a sua mácula.1
Full many a glorious morning have I seen
Flatter the mountain tops with sovereign eye, Kissing with golden face the meadows green, Gilding pale streams with heavenly alchemy; Anon permit the basest clouds to ride With ugly rack on his celestial face, And from the forlorn world his visage hide, Stealing unseen to west with this disgrace: Even so my sun one early morn did shine, With all triumphant splendour on my brow; But out, alack, he was but one hour mine, The region cloud hath mask'd him from me now. Yet him for this my love no whit disdaineth; Suns of the world may stain when heaven's sun staineth. |
–William Shakespear |
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